A avenida é uma piscina que convida prum mergulho na cidade,
um mergulho da realidade.
Vem com o sabor caótico do trânsito,
com um ir e vir hipnótico.
Da loucura, líquido aminiótico
com tempero de ira e impaciencia.
Escrava incompetente do tempo e do movimento,
leva a onde se quer ir.
Mas nem sempre.
A pele asfáltica,
a respiração quente,
e gente, gente, gente...
Renault Guimarães Carvalho Ribeiro
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