segunda-feira, 11 de maio de 2015

Do começo ao começo

O inverso do universo, um nada perverso que se faz em mim quando você se vai.
Retrai meu brilho, ofusca meu ver, traz a mim a duvida um grande "se".
Retruco a dor mas não há em mim algo que se compare a força, se nao houver você.
E profunda a desnuda duvida pulsante, latente: cadê você?
E chorosa a alma que, coitada, caiu de habitar em mim.
Em?
Quando VC me faz?
Quando some esse enorme se?
Quando que...
Isso é perverso.
Resumido a nada.
Apenas mais um.
Ou nem isso, nem presente no universo.
Ca la do
Parte fundamental do inverso,
U.

Renault Guimarães

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Pensamentos de um cowboy

 aos fantasmas que rangem dentes aos meus ouvidos, terei a minha hora, é preciso que baixe a poeira para enxergar o alvo, é preciso que haja silêncio para que o tiro ecoe, é preciso a frieza de um profundo sentimento  para que haja o tombo daquele que se pos à frente. E ainda que possa morrer aquele que atira, prefiro estar com a arma fundida à alma do que a bala mergulhada no meu sangue. Terá destino meu inimigo e este, este não será bom. É de forma e cor que se faz o que vê. É de olhar e dor que se fará o que sente. É de sublime alívio o pensamento após o momento em que não mais existir.



Renault Guimarães