E te escrevo como quero
mudo e atento ao pensamento
lento mas não para a ação
incoerente
indescente
reflexão
E te escrevo mudo aos muitos mundos que faço parte
gritante ao interior da minha arte
doente em tudo aquilo que é interno
interno em tudo aquilo que é escrito
descrito em tudo aquilo que é vontade
vontade em tudo aquilo que é inseguro
seguro em tudo aquilo que consigo ter resignação
Paixão ao exposto à visão
visão dos deuses
desejo e sonhos
bocas e dentes
Te escrevo do jeito que quero
te quero do jeito que escrevo
teu jeito que escrevo como quero
eu quero e escrevo teu jeito
oculto,
sujeito as vontades
verdades
fragmentos dissolutos em tinta, papel e canção.
Renault Guimarães
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
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